quinta-feira, 29 de março de 2012


Alberto Caeiro
 
V - Há Metafísica Bastante em Não Pensar em Nada
 
     Há metafísica bastante em não pensar em nada.
      O que penso eu do mundo?  
     Sei lá o que penso do mundo!  
     Se eu adoecesse pensaria nisso.
     Que idéia tenho eu das cousas?
     Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos?
     Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma
     E sobre a criação do Mundo?
     Não sei.  Para mim pensar nisso é fechar os olhos 
     E não pensar. É correr as cortinas
     Da minha janela (mas ela não tem cortinas).
     O mistério das cousas?  Sei lá o que é mistério!
     O único mistério é haver quem pense no mistério.
     Quem está ao sol e fecha os olhos,
     Começa a não saber o que é o sol
     E a pensar muitas cousas cheias de calor.  
     Mas abre os olhos e vê o sol,
     E já não pode pensar em nada,
     Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos
     De todos os filósofos e de todos os poetas.
     A luz do sol não sabe o que faz
     E por isso não erra e é comum e boa.
     Metafísica?  Que metafísica têm aquelas árvores?
     A de serem verdes e copadas e de terem ramos
     E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar, 
     A nós, que não sabemos dar por elas.
     Mas que melhor metafísica que a delas,
     Que é a de não saber para que vivem
     Nem saber que o não sabem?
     "Constituição íntima das cousas"...
     "Sentido íntimo do Universo"...
     Tudo isto é falso, tudo isto não quer dizer nada. 
     É incrível que se possa pensar em cousas dessas.
     É como pensar em razões e fins
     Quando o começo da manhã está raiando, e pelos lados das árvores 
     Um vago ouro lustroso vai perdendo a escuridão.
     Pensar no sentido íntimo das cousas 
     É acrescentado, como pensar na saúde 
     Ou levar um copo à água das fontes.
     O único sentido íntimo das cousas
     É elas não terem sentido íntimo nenhum.  
     Não acredito em Deus porque nunca o vi.  
     Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
     Sem dúvida que viria falar comigo
     E entraria pela minha porta dentro
     Dizendo-me, Aqui estou!
     (Isto é talvez ridículo aos ouvidos
     De quem, por não saber o que é olhar para as cousas,
     Não compreende quem fala delas
     Com o modo de falar que reparar para elas ensina.)
     Mas se Deus é as flores e as árvores 
     E os montes e sol e o luar,
     Então acredito nele,
     Então acredito nele a toda a hora,
     E a minha vida é toda uma oração e uma missa,
     E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.
     Mas se Deus é as árvores e as flores 
     E os montes e o luar e o sol,
     Para que lhe chamo eu Deus?
     Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar; 
     Porque, se ele se fez, para eu o ver,
     Sol e luar e flores e árvores e montes,
     Se ele me aparece como sendo árvores e montes
     E luar e sol e flores,
     É que ele quer que eu o conheça
     Como árvores e montes e flores e luar e sol.  
     E por isso eu obedeço-lhe, 
     (Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?).  
     Obedeço-lhe a viver, espontaneamente,
     Como quem abre os olhos e vê,
     E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes,
     E amo-o sem pensar nele,
     E penso-o vendo e ouvindo,
     E ando com ele a toda a hora.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Seven years old


Proposta: Uma viagem pela infância


As sete anos de idade eu era estranha. Bem estranha. Recentemente eu havia levado um tombo do balanço e meu dente da frente ficou pendurado pela raiz. Fiquei bem feia, confesso. Tinha que me alimentar por um canudinho e não via a hora daquele dente cair e nascer outro novinho. Sim, para minha sorte, o meu dente era de leite.
Nessa idade, iniciei na Escola Pedro Faria e adorava mentir para todos. Acho que é instinto de criança fazer isso. Eu dizia que tinha um morcego de estimação, e que ele falava; dizia que a Banda RBD foi na minha casa e que eu iria montar minha própria banda porque meu pai havia me dado instrumentos. Besteira! A única coisa que meus pais haviam me dado naqueles dias foi um CD da Banda Rebelde. Era febre na época, como eu nunca vi igual. Meu nome sempre foi Beatriz, mas nessa época eu atendia pelo nome de Roberta. Pintava o cabelo com papel crepon e incorporava a ruivinha atrevida que ia ao ar todos os dias no SBT. Impossível lembrar de RBD e não se emocionar...
Época boa, só me submetiam a uma única responsabilidade: brincar. De boneca, Barbie, comidinha, programa de televisão, fotógrafa, modelo, etc. Eu podia ser o que quisesse, desde mãe até faxineira, sem passar pelo julgamento dos outros. Podia falar o que quisesse e dar a simples desculpa de ser criança demais para entender que certas coisas machucam.
Foi também a época em que surgiu uma mega-espinha em minha bochecha (a primeira e quase única) e acredite: eu fiquei feliz!!! Isso mesmo, achei lindo, sinal de maturidade e adolescência. Saía simplesmente por aí exibindo aquele bolotão vermelho inflamado com direito a pontinha amarela e tudo!
Três Espiãs Demais: adorava o desenho e amava brincar de imitá-las. Pulava pela casa com meu pula-pula (uma bola com "orelhas") toda contente.
E tcharans! Tive catapora! Só de lembrar me dá vontade de chorar, aquelas bolhas d'água em minha mão (que segundo minha mãe eram calos e me davam um bom motivo para me exibir) se transformaram em perebas vermelhinhas que se espalharam por todo o meu corpo e coçavam, como coçavam.
Também gostava de fazer dança do ventre com minha babá (inspiração na novela "O Clone" no ar na época), com direito a fantasia feita pela minha vó e tudo. Até alugar o Fórum para fazer um filme eu queria, é mole?
São essas e mais tantas... Mas o resto, pergunta para minha mãe que ela conta!


Beatriz Valente Vieira – 8º ano 2011

As Formigas


A proposta era construir um desfecho para o conto "As Formigas" de Lygia Fagundes Teles


Passo a passo, fomos descendo os degraus da velha e empoeirada escada que levava ao nosso quarto. Tomando muito cuidado para a "bruxa" não nos ver, fizemos um silêncio absoluto. Mas não foi o bastante. A velha saiu de dentro de seu quarto com uma cara de sono que só a deixava mais feia do que ela já era, os olhos puxando uns aos outros para não fechar, e com as unhas vermelhas e descascadas ela coçou levemente os cabelos sujos e todos bagunçados, então disse:
_ Onde vocês pensam que vão?
Nervosa e completamente vesga, minha prima responde:
_ Nós vamos embora.
_ O quê? _ pergunta a velha confusa, nervosa e raivosa.
_ É... n... ós... vamos para casa _ tentou explicar a minha prima com medo e mais vesga ainda.
_ Por quê? _ questiona a velha.
Então eu decido que vou responder:
_ É... tem muitíssimas formiguinhas em nosso quarto e elas...
Sem me deixar completar a "bruxa" responde:
_ Mas não vão mesmo! Só por causa das formigas? Larguem de ser medrosas _ diz a dona da pensão, bruxa ou velha furiosa.
_ Venham comigo, eu darei um jeito nas formigas! E... Essa menina não vai parar de ficar vesga? _ responde e pergunta ao mesmo tempo a velha.
Nós nos direcionamos para o quarto com muito medo e o cheiro que nos atormentava surgia a cada degrau que a gente subia, cada vez mais forte. Com a cara totalmente fechada, a velha olha diretamente para os meus olhos e da minha prima e coloca em sue rosto uma cara de nojo de duas meninas que vieram da cidade e estavam com medo de formigas. De repente, ela segura a maçaneta da porta e a gira bem devagar, e a porta foi abrindo bem devagar, e quando ela escancarou... Surpresa! As formigas haviam desaparecido. Com mais raiva ainda por não ter encontrado as formigas, a velha diz:
_ Vocês estão totalmente doidas, malucas, loucas. Primeiro ter medo de formiga é frescura. Segundo não ter formigas é doideira.
Sem reação, minha prima se aproxima de mim, aperta minha mão e espera que eu diga algo, mas infelizmente eu não tinha palavras para descrever o momento. Escutamos de boca calada a todos os insultos que a velha dona da pensão nos fazia e esperamos ela ir embora para poder nos abraçar e começar a procurar as formigas, o anão e o caixotinho.
Já menos vesga, minha prima diz:
_ Mas... prima, eu não quero ficar aqui... e... nem sinal de caixotinho ou das formigas...
_ Pense! Se formos embora , como vamos fazer a faculdade que é tanto meu sonho quanto seu? _ pergunto tentando esconder meu medo e acalmar minha prima _ E, quanto ao anão, eu tô com medo, mas o que vamos fazer?
Minha prima não diz nada, apenas me olha com um olhar de que mistura sentimentos e depois vira a cara para a parede, depressiva. Começa a chorar e eu olha imediatamente para ela.
_ Prima, por que está chorando?
_ Fala sério que você não sabe? _ indaga ela soluçando.
_ Não fique assim, afinal eu estou com você e você está comigo _ tento consolá-la.
Sem nada para dizer, eu levanto e vou à procura das formigas. Olho para a janela e vejo o sol nascendo com todas as nuvens enfileiradas, em uma pequena fila, aparecendo uma por uma. Quando olho diretamente para baixo, veja minha prima já deitada no chão com os olhos fechados, pois afinal ela estava realmente cansada e eu também. Arrumo a cama e tento tirá-la do sono para colocá-la na cama. Sem tempo, pois tinha de ir para faculdade, pego minhas coisas e vou tomar o café.
Na faculdade eu segurava os olhos para que eles não fechassem e que perdesse a aula. Mas foi impossível segurar umas cochiladinhas nas aulas longas e chatas de história. Minha doce sorte foi minha professora não me pegar no flagra. Mas quando a aula finalmente acabou, minha amiga Clara me chamou e informou de que a aula havia terminado. Peguei minhas coisas e fui para casa.
Lá, eu e minha prima ficamos de vigia para ver se as formigas não iriam aparecer. Para nossa surpresa, quando menos esperávamos lá estavam elas de volta. E o caixotinho com os ossinhos do anão também. Ficamos quietas observando aquelas formigas tão determinadas a fazer algo. Elas novamente apareceram em fileiras. O caixotinho reapareceu ao lado da cadeirinha de palha, sem falar do cheiro forte e estranho. Corremos e com cuidadíssimo olhamos dentro da caixa, mas não havia nada.
Quando tentamos dormir, escutamos um barulho e fomos ver o que era. Ao sair do quarto, vimos o filho do dono da pensão e imediatamente deduzimos que aquele médico novato havia feito aquela brincadeira conosco. Contamos à dona da pensão que tratou de dar-lhe uma bronca, mas com a maior falta de graça pelo ocorrido.
_ Sabe que até foi divertido! _ eu disse.
_ É, apesar da confusão... _ respondeu minha prima.
Naquela conversa, nós duas sentadas na velha e suja varanda da pensão observamos o sol ficar cada vez mais longe, cada vez mais pálido. As estrelas se aproximando cada vez mais perto, cada vez mais brilhantes, ocupando o céu em seus devidos lugares. Ficamos quietas, apreciando a passagem do dia e a chegada da noite.
_ Boa noite! _ disse a minha prima encostando-se na cadeira.
Então, eu dei um pequeno sorriso, encostei na cadeira e, de olhos fechados, disse as últimas palavras do dia, deixando de lado aquela confusão:
_ Boa noite também.


Isabela Terra Tavares Ramos e Milena Rodrigues Amaral – 8º ano 2011

Pedro, O engraxate


Pedro caminhava devagar. Mãos nos bolsos, olhando os pés. De vez em quando chutava uma pedrinha. Estava com treze anos, mas era pequeno e de pescoço fino. Era um cara de anjo com grandes olhos pertos e brilhantes. Pernas finas, não pareciam tão capazes de correr, nem os punhos treinados para valentes socos no nariz.
Pedro era engraxate. Não ganhava muito dinheiro porque na vila quase nenhum moço engraxava sapatos. Ele fazia ponto no bar ao lado do posto de gasolina que funcionava próximo à rodoviária.
Também engraxava sapatos dos professores da escola. Quando chegavam de automóvel, lá estava Pedro esperando. Já tinha freguesia; quinze minutos antes do almoço ele conseguia arrecadar mais do o que no restante do dia.
O chato era nas férias – os professores iam embora e a renda diminuía. Pedro afirmava que gostava mais dos professores do que das professoras.
_ Os homens usam sapatos; as mulheres usam sandálias, e sandálias você nunca engraxa. Porém, com as mudanças da moda, Pedro começou a ficar muito preocupado:
_ Isso está ruim! – pensou, coçando a cabeça – porque sapatos de pano você também não engraxa! Tomara que a moda do tênis não dure muito, não senhor!!!


Polyana Lima C. Gomes – 7º Ano 2011

sábado, 3 de março de 2012

DISCURSO SOLENIDADE DE FORMATURA 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL 2011

Senhoras e Senhores, Autoridades Presentes, Senhores Pais, Querida Diretora, Amados Colegas, Queridos Formandos,


O Brasil possuiu um célebre educador, mundialmente reconhecido, que transformou e transforma as práticas pedagógicas do mundo todo porque concebia a educação como um ato de amor. Em seus trabalhos, Freire propôs uma pedagogia capaz de libertar os educandos, de recebê-los amorosamente, de concebê-los como indivíduos únicos, repletos de saberes e capazes de construir sua aprendizagem, da qual o professor é um mero facilitador, mais um elemento colaborativo de um processo que se faz de dentro para fora, e não inversamente.
Segundo ele, “a afetividade não se acha excluída da cognoscibilidade [...]” Palavras difíceis para dizer o muito simples... O que ele quis dizer com essas palavras? Que não existe aprendizagem onde não haja amor, afeto, respeito mútuo. E é nessa proposta que enquadro meu trabalho como professora. Desde primeiro momento, fui capaz de amar a cada um de vocês. Confesso que não foi tarefa das mais difíceis. Amar a rebeldia, a inquietação, a doçura, a timidez, a alegria, o entusiasmo com que cada um de vocês me presenteava todos os dias não oferece muita dificuldade. Mas além de amar a cada um, vocês proporcionaram uma ação um pouco mais difícil, que é a de amá-los juntos. Amar o sentimento de união que os mantém tão próximos, tão cúmplices.
Essa turma é um alvoroço só. Um alvoroço que contagia, que desperta, espanta qualquer inércia, mas também aborrece, irrita, e logo volta ao ponto de partida e se ama novamente, pois é impossível ficar imune a tanta coisa boa... Por que tanto alvoroço? Porque é difícil um grupo com tantas afinidades, tantos elos, tanta coesão... Não há assunto que finde entre eles. Há sempre o que saber, o que confidenciar, o que criticar, o que debochar, o que esconder, o que futucar, o que lembrar, o que rir... Ah, isso tem demais!!! O riso anda solto entre eles e balança a longa cabeleira branca numa extensão infinita que nem sempre conseguimos acompanhar... Algum dia me contem onde se encontra tanto motivo para rir, eu posso precisar de algum, principalmente após momentos de despedida...
Como despedir-me e esquecer de
Aline, a menina meiga mais interessada do mundo inteiro? Organizada como poucos, caprichosa, inteligente, não há como ver um futuro sombrio para ela. Seus sonhos certamente se realizarão, e hei de vê-la com muito sucesso e feliz. Foi muito bom tê-la como aluna...
E Ângelo, o inesquecível? Até porque ele não nos deixa esquecê-lo. Quando dei aula para a turma no primeiro ano fui ensinar a diferença entre frase, oração e período e ele me perguntou: Aline, oração é aquele negócio de “pai nosso que estás no céu...” O menino de cabelos despenteados (ainda bem que são lindos) mais gente boa do planeta. Não há ordem em sua mochila, não há lápis (tá me devendo uma lapiseira), as folhas desaparecem, os cadernos numa total desorganização, mas dentro do peito há ideais de igualdade e justiça que certamente ajudarão a construir um mundo melhor para todos nós. Conto com você!
Augusto, o sonso? Não, não se poderia acreditar que aquela figurinha tão quietinha que todos a-do-ram é realmente todo o marasmo que se apresenta, né? Gutinho é reservado, tímido, tem alma de poeta, e é dono de qualidades outras que desconheço, mas o faz o mais bem quisto da turma inteira. O lema é assim, “um por todos e todos por Gutinho!!!”
Barbara, a sedutora? Parece feita de mel, porque Mateus não despendura da pobre coitada. Líder da turma do abismo, nenhum motivo a faz mudar de lugar, só senta no fundão. Dona de personalidade forte, resolvida, dedica-se pouco aos estudos, afinal, há muita coisa muito mais interessante por aí para ficar gastando tempo com isso, não é Barbara? De qualquer, jeito, se precisar mesmo, não há de lhe faltar capacidade, é só querer e pode conquistar o mundo. Literalmente.
Bernardo, o fofo!! Amigo de todos, interessado, participativo, dedicado, responsável... É sempre o último a entregar a prova, não por apelação como outros aí, mas por dedicação mesmo. Nunca vou esquecer seus olhinhos buscando os meus na tentativa de sobreviver ao alvoroço...
Bruna, Chegou a essa turma nesse ano, mas como se entrosou rápido com tanta conversa, hormônios em ebulição, Bárbara como companheira... Foi a sopa no mel. Estava faltando ela aqui, para acrescentar o seu bla bla bla. Também adepta do fundão, afinal, onde e como colocar tantos assuntos em dia?? Ainda hei de vê-la muito realizada e feliz!
Caio, o sedutor??? Hahaha O mozim de Joice, e... Vamos mudar de assunto? Talvez seja melhor Caio, o colador?? Qual seria melhor, Caio?? Não, não se preocupe que eu não vou contar pra ninguém suas tentativas descaradas de tentar saber o que estava escrito na prova alheia... Era só curiosidade, ué!! Nada a ver esse negócio de cola... Ele não precisa disso! Caio é dono de raciocínio que implica primariamente em se dar bem, mas que resulta em algum proveito. Descobriu uma tática de escrever textos aproveitando o que eu já dava como tema, e se saía muito bem. Parece uma tática escusa, mas não era mesmo, produzia ótimos textos. E com tanto carisma, não pode ter um caminho diferente do sucesso...
Carol, a lesada?? Só tive a oportunidade de sua companhia esse ano, mas foi o suficiente para saber que sua lerdeza é apenas para o que interessa, em algumas ocasiões ela é muito esperta!! Ih, não precisa maldar não, gente. Ela foi super bem no Simulado do 9º Ano, na prova do IFF... Então, sucesso garantido, na hora H Carol não tem nada de lerdeza e bota pra quebar!!!
Gabriel, o bebê!!! Será que eu vou conseguir esquecer Aline, Aline, Aline... Comigo ele nunca foi chorão, como dizem, não fica reclamando de tudo, só uma exigência gritante: Aline, Aline, Aline... E nos dias de prova então... Afff! É, mas tanta insistência lhe valeu primeiro lugar na bolsa do ensino médio de outra escola e aprovação no IFF. Vou reconsiderar babyssauro. E vou destacar seu interesse, responsabilidade, participação, bom-humor, organização, tudo que fez de você o sucesso que já é e que muito mais há de ser. Parabéns!
Gabrielly, a sensível. Haveria de se criar um outro mundo para Gabi viver. Nesse, há traição demais, violência em excesso, pouca lealdade, falta de amor... Muitas agressões para sua sensibilidade infinita. Não liga, Gaby. A menina do coração há de encontrar um grande amor que a mereça, amigos leais que a compreendam, sonhos que se realizam, porque plasmamos no mundo aquilo que criamos em nossa mente, e uma criatura com tanto amor e sensibilidade em seu coração não pode ser infeliz, pois é o amor que move o mundo. Seja feliz, torço muito por você.
Gláucia, a Gau! Simplesmente. Simplesmente aquela que não permite a tristeza... Não há pedra em teu caminho / Não há ondas no teu mar / Não há vento ou tempestade que te impeçam de voar... A felicidade em pessoa. Não há dificuldades, dias turvos, inimigos, baixo astral, provas difíceis, nada a impede de ser feliz!! Eu vou leva-la para minha casa para sempre, só pra felicidade morar comigo...
Gustavo, o agitado. Ele é muito agitado, não consegue ficar parado, se balança o tempo todo... Apesar de não se conseguir entender sua letra, Gustavo tem muitas qualidades, é interessado, responsável, dedicado, não se permite o fracasso. E isso fará dele um grande homem. Viva e verá.
Hugão, o grandão. Dá pra ver, né? Onde isso vai para, meu deus? Se só com 14 anos está assim, como vai ser? A hipérbole em pessoa, fisicamente, é claro. Mas o tamanho é só na aparência mesmo, porque é muito, muito entrosado com essa galera. Senta na primeira carteira, mas isso não significa uma atenção total, acho que é mais para atrapalhar os outros, né não? Nós pensamos que os jovens não pensam, mas manda colocar no papel... Ele tem ótimas ideias, apesar da preguiça. Não precisa ser jogador de vôlei ou basquete, tem potencial para ir muito mais longe...
Huguinho, o pensador. Esse é o cara que necessita de algo na cabeça para poder pensar. Não digo algo metafísico não, é algo físico, material, molecular. Sem um objeto na cabeça, sua concentração falha... É verdade! Imaginem no dia da entrevista de emprego, Hugo lá com um chapéu na cabeça... Hugo foi meu desafio: o questionador, arguidor, mas a vida é feita de períodos simples, compostos, complexos, e muitas orações coordenadas adversativas, muitas conclusivas, mas mais ainda de aditivas. E foi isso que você fez: me deixou sem muitas respostas, mas também me deu muito orgulho de ser sua professora. Vou levar saudades...
João, o filósofo. Bem, a preguiça é a sua companheira mais constante. O desânimo seu amigo inseparável. Nem tanto entusiasmo reunido nessa turma foi suficiente para contaminar João. Mas se imprensar, ele reage, porque esses seus amiguinhos deixam escondidas suas potencialidades, sua capacidade de questionar, seus argumentos, seu sucesso. Espanta eles, João!!! O sucesso está te esperando do outro lado da rua... Não perca tempo com esses companheiros perniciosos...
Joice, a menina Peter Pan. Eu vou pular!!! Não tem como falar que essa neguinha é uma jóia, que ela é tudo de bom, que dela só vem alegria, sem ser repetitiva?? Certo dia, a alegria procurou uma morada... Cansada de andar de léu em léu e ser abandonada após cada brincadeira, ela encontrou uma menina negra de belos olhos repuxados e riso de infância que desistira de virar gente grande com medo ficar complicada e infeliz. E então decidiu que era o lugar perfeito para morar... Com a alegria sua inquilina permanente, a sua companhia é a certeza de um riso límpido, iluminado pela pureza de todas as crianças e capaz de espantar qualquer tristeza... Não cresça, amiga. Deixe-nos encontrar com as crianças que somos sempre que nos encontrarmos com você. Por favor, faça-nos felizes como és...
José, o engraçado. Pelo menos é isso que ele acha. Mas consegue!! Não há espaço ao seu redor para baixo astral. O bendito ao fruto entre as mulheres. Deve matar de inveja os machões, ao seu redor todas elas... O elemento central do ti-ti-ti. Não deixa ninguém sossegado. É muita história para contar. Alma de poeta, sorriso de criança, lábios de sedutor... Combinação explosiva, ainda mais se considerarmos que é filho de Tia Priscila. Meu Deus, será que tem jeito?? O homicida também. Quase me matou de susto tento um ataque assistindo a um filme de terror na minha casa. Quase ouvia as manchetes: professora mata aluno ao assistir a filme de terror. E era o mais prosa: não, tá tranquilo, vamos rir!!! Nenhuma série vai passar mais por essa experiência, seu nome vai entrar para a história...
Leda, a conversada. Haja assunto, gente!!! Quando não era possível tagarelar, o jeito era usar msn de papel... A resumida também serve, pois tem uma habilidade incrível para expressar uma ideia em apenas duas linhas. Cinco linhas e acabou seu texto. Bonita, inteligente, boa aluna, vai me deixar muitas saudades...
Marcel, o tranquilo. Até para falar ele é calmo. Para fazer prova também, companheiro de Bê e Gabriel nos minutos finais. Tem um tal de Tio Toninho que é capaz de resolver todas as coisas. Um presente que essa turma ganhou. Um boa praça, amigo, esforçado, enfim, uma ótima companhia que me contagiava todos os dias na primeira carteira. Não vou te esquecer...
Marcelo, o irritadinho. É o que dizem. Eu não conheço essa pessoa irritada. Em uma de nossas primeiras aulas perdi a paciência com sua irritação. E ela nunca mais apareceu. Quem me encontra todas as manhãs é um cara super gente fina, amigo, companheiro, educado, estudioso, responsável e o mais organizado que conheço. Esse cara merece tudo de bom, ainda vai aprender escrever todas as ideias maravilhosas que moram no seu coração em mais de 3 linhas e vai ser muito feliz. Vou torcer por isso sempre.
Mateus, o girafalis. E hoje, Mateus, tá na hora de quê? De despedir... Despedir dos macios ombros de Bárbara, das atolações de Gelim, das reclamações de Babyssauro, das palhaçadas de José, das brincadeiras com os Hugos, do rebuliço das meninas, das minhas aulas gritantes, do medo de Valéria, das broncas de Tia Priscilla, da insistência de Dinha... Enfim, do Mundo Maravilhoso da Escola Pedro Faria... Vou sentir muuuuito a sua falta, muito mesmo.
Poliana, a doce. É um prazer todas as manhãs olhar para esse rosto rosado salpicado de sardinhas infantis e ver a menina meiga que acorda bem cedo para encontrar todo mundo e passar momentos felizes. Poli é esforçada, interessada, e me deu muito prazer superando dificuldades para conseguir um sucesso que certamente será frequente. Desejo-lhe o melhor.
Vivemos um momento de mudanças. Já se sabe que a Terra não é quadrada. O átomo não é a menor partícula do Universo. Há possibilidades de se encontrar vida em outros planetas. A comunicação não possui mais fronteiras. O conhecimento está ao alcance de um click e é ilimitado. A única certeza que permanece é que o homem é um ser social que não sobrevive sozinho. Por isso, nunca a amizade esteve tão valorizada. Apesar do rompimento das barreiras geográficas e da presença virtual, nunca o homem se sentiu tão só. Com isso, a maior riqueza que o homem pode hoje possuir é um amigo. Um amigo de verdade, é aquele com quem podemos ser nós mesmos, escancarar nossas qualidades e assumir nossos defeitos, rir e chorar, sermos fracos ou fortes, felizes ou infelizes, bem sucedidos ou fracassados. Um amigo, é alguém que estará sempre por perto, portanto, não fiquem tristes nas despedidas. Uma despedida é necessária antes de vocês poderem se encontrar outra vez. E se encontrar de novo, depois de momentos ou de vidas, é certo para o que são amigos.
Obrigada pela amizade, pelo riso, pela juventude, pelo entusiasmo, pelos sonhos, pela fé, pelo convívio que me fez muito feliz.

DISCURSO SOLENIDADE DE FORMATURA 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL 2007

Senhoras e Senhores, Autoridades Presentes, Senhores Pais, Querida Diretora, Caros Colegas, Queridos Formandos,

Muitas e muitas noites perdi formulando mentalmente as palavras que gostaria de dizer neste momento. Em vão. Compreendo agora, diante de vocês, que nenhuma palavra, por mais poética ou enfática que fosse, conseguiria traduzir as milhares de emoções que se fazem presente. Não me preocuparei em ser extremamente fiel em minhas palavras, pois como já disse Paulo Coelho, “existe uma linguagem que está além das palavras”, e é desta linguagem que pretendo fazer uso.
Lembro-me de quando conheci vocês... Quando conheci como professora, quero dizer, porque muitos sempre freqüentaram a minha casa. Foi há apenas dois anos, mas já parecem milênios... Foi um ano muito difícil para mim, algumas decepções me assolaram e corri um sério risco de perder a fé nos homens. Mais eis que, em sua infinita justiça e sabedoria, Deus os coloca em meu caminho. Assumi Língua Portuguesa nas turmas das então 7ª e 8ª séries. E algumas vezes por semana encontrava-me com essa explosão entusiasmo, alegria, paixões, esperanças, inocência e fé na vida. Desta forma, mais do que alunos, tornaram-se diuturnamente minha fonte de esperança e renovação. Cada um a seu modo, conquistou um espaço dentro do meu peito:

Anderson – Nem preciso falar... Meu preferido! Quando o conheci como aluno, fiquei tão encantada que todos os dias eu tinha estórias para contar a Renato. E foi assim que ele ganhou muitos apelidos, pois como Renato não conseguia lembrar-se do “Zé Gotinha”, dizia “Zé Leitinho”, “Zé Branquinho”... Ele é ímpar, contagia a todos os colegas com seu entusiasmo, suas brincadeiras sadias, não tem vergonha de perguntar e aprender... Pergunta qualquer coisa, até “Aline, como escreve dez de? Como assim, Anderson, dez de quê? Assim ó: mamãe eu te amo dez de bebezinho.”
Caio Côrrea – Esse é difícil... Queria saber como pode uma só criatura possuir tantas qualidades... É sincero (até quando cola!), é amável, companheiro, educado, inteligente, apaixonado... Um fofo! Extremamente fiel à turma do abismo, leva a vida na flauta. Mas possui uma capacidade extraordinária, e pode realizar todos os seus sonhos, Caio. Até mesmo aqueles que hoje possam te parecer impossíveis. Como já disse Shakespeare: “Se os teus sonhos estiverem nas nuvens, não se preocupe. Eles estão no lugar certo. Agora construa os alicerces.” Você sabe que mora mesmo no meu coração.
Caio Terin – Ih! Ele já deve estar pensando: quero ver só o que ela vai falar de mim. Porque contestar e apelar é com ele mesmo: o moreno. Destruidor de corações. Alguém consegue imaginar essa turma sem ele? Sem suas reclamações, sem aquele falatório contínuo? Impossível! Nem que seja na marra ele entra no coração da gente. E não sai fácil não, heim! Teimoso que só.
Camille – Meu Deus! Vai ficando cada vez mais difícil. Fecho os olhos e parece que ouço seu riso... Meio roquinho, cheio de inocência e encanto. Igual a ela, um encanto para os olhos e para a alma. A realização de qualquer professor pode ser alcançada tendo-a como aluna. Foi um prazer, um orgulho fazer parte do sucesso.
Claudinho – Bem, modificamos um pouco né, Fid? Super entrosado, divertido, acompanhamos bem de perto o desenvolvimento dele. Podemos dizer que foi visível seu crescimento intelectual neste último semestre. Muita capacidade, que, aliada a algum esforço, pode alcançar patamares bastante elevados. Que os seus esforços sejam mais visíveis também. Obrigada por partilhar tudo isso conosco.
Daniela de Fátima – Oi Alininha! Digo que parece comigo: pavio curtinho, curtinho. Pequenininha. Sou sua esperança, porque sempre conto que meu uniforme na 8ª série era tamanho oito anos. Depois cresci, ela espera o mesmo. Vale lembrar que os melhores perfumes vêm em pequenos frascos. As árvores frondosas começaram em minúsculas sementes. Não importa Dani, o tamanho físico das pessoas. Já dizia Fernando Pessoa, “eu sou do tamanho do que vejo e não do tamanho da minha altura...” A Dani que mora no meu coração é uma giganta...
Daniella Freitas – Também freqüentadora da turma do abismo. Uma alegria para os olhos, um amor de menina. Sempre educada, amorosa, bem-humorada, amiga. Tá certo que nem sempre interessada, esforçada... Mas são muitas as ocupações para essa cabecinha, não há lugar pra tudo, né, Dani? O amor vem sempre primeiro... Nem sempre é uma opção consciente nossa. Muitas vezes tudo isso é passageiro, mas a amizade, essa mora do lado esquerdo do peito. Pra sempre. Te adoro!
Isabela – Apesar de muito, muito quietinha na sala de aula, ela é hiperdivertida. Muito, muito de bem com a vida e com as pessoas. Incapaz de arranjar qualquer confusão. Se for para ajudar, contem com ela. Se não, ninguém nem a vê. Seus esforços serão todos recompensados Bela, primeiro porque você faz por merecer e vive em comunhão com o cosmo e com você mesma. Tenho que agradecer o muito que fez pela minha filha, espero que o tempo não apague essa amizade. É sempre um prazer ter você por perto.
“João Victor – Se eu soubesse, iria cantar: não, não me abandone, não me desespere, é que eu não posso ficar, ficar sem você.” Me explica, como vou sobreviver sem falar, João, João, João, João. E escutar: Aline, Aline, Aline. Seu nome é música para meus ouvidos. Vocês acreditam que, querendo me agradar ele disse que eu era uma coroa enxuta? Temos que dar umas aulas pra ele de como agradar as meninas... Inesquecível, você, João!
Kamylle – Meu amor, você é a criatura mais meiga, mais doce e mais feliz que eu conheço! Ninguém nesta vastidão de mundo é mais feliz do que ela. Seu sorriso é luz, que contagia, cura, alimenta. Uma amiga de verdade, uma fofura de filha, um amor de aluna. Foi uma delícia ter você durante estes anos. Não me abandone, preciso de sua alegria.
Laurinha – Loló mora no meu coração, desde que brincava de casinha na minha varanda e começava a construir os seus sonhos. Ia pra minha casa, levantava cedo e lavava varanda, quintal, roupa, o que tivesse por perto com capacidade para consumir sabão em pó e espalhar espuma. Cresceu, tornou-se uma mocinha linda, cheia de sonhos que desejo do fundo do meu coração sejam realidade. Sentirei sua falta...
Maurício – Não está conosco, mas esteve nesses anos. Ofereceu a todos nós a oportunidade de presenciar que a vida não é tão fácil, e que nos exige esforços reais. Todos o pensavam quietinho, mas participava bem das brincadeiras, né João? Desejo que seus esforços sejam capazes de transformar não só a sua realidade, mas a de todos nós.
Nilcimar – Talvez Maurício fosse o mais displicente e Nilcimar se esforçasse mais. Nunca se sabe. O fato é que suas presenças nos tornaram mais próximos da realidade, e, certamente influenciaram a todos nós em algum momento. Nilcimar tem alma de poeta e vence suas dificuldades com perseverança, pois elas não determinam o valor nem o sucesso de um homem. O valor de um homem pode ser medido pelo seu caráter. E isto não lhe falta. Portanto, o sucesso há de ser seu companheiro. E eu quero acompanhar e aplaudir.
Iago – Com I, porque com y torna-se gay ao ser lido de trás pra frente. É bom que todos saibam, pois não se pode esquecer deste detalhe, é imperdoável. Feito isso, é só desfrutar da companhia de um Iago educado, divertido e bem-humorado, que está sempre a sorrir e agradar a todos com quem convive. Membro permanente da turma do abismo, sabe equilibrar as coisas e consegue divertir-se e aprender. Ser feliz e fazer feliz. Obrigada pelo carinho.
Raianna – Um presente que esta turma ganhou no meio do caminho. Não dizem que atraímos o que somos e o que pensamos? É verdade, nenhuma batata podre conseguiria sobreviver em meio a tantas riquezas reunidas. Apesar de quietinha, sempre se deu bem com todos, sempre se posicionou pelas soluções e pela fraternidade. Com equilíbrio, contribuiu para a união que é marca registrada desta turma.
Renata – Bem, eu tenho um pedido de desculpas pra fazer... Lembram-se quando me pediram um livro emprestado que estava grifado, mas Renata tinha lido e eu disse que ela era pata? Então vou acrescentar: as provas de vocês todas, todinhas, sem nenhuma exceção, estão no meu computar, dentro da minha pasta, sem nenhuma camuflagem. Ela nunca, nunca mexeu. Quero corrigir, minha filha não é pata. É dona de uma qualidade pouco usada pelos homens chamada respeito. E é preciso caráter para ter essa atitude com apenas 13 anos. Tenho muito orgulho de você, filha.
Rodrigo – Um capítulo a parte. Eu não sei onde arranja tanto assunto... É muita conversa... Ora Claudinho, Tainá, Raiana, Renata, etc, etc, etc. Mudam-se os parceiros, mas sua presença é fixa num bom bate-papo. Apesar disto, pudemos perceber claramente seu crescimento intelectual. De aluno em recuperação no primeiro semestre do ano passado para um dos melhores neste ano. Arrasou no CEFET. Vamos esperar os flashes seguintes. Hão de ser muitos. Te adoro, Nem!
Thayná – Não! O escândalo em pessoa. Qualquer coisa é motivo de estardalhaço, e com isso, é impossível ficar triste perto dela. Ocupa todos os espaços, e ninguém consegue ficar parado. Só fica triste quando há algum programa fora da escola, porque dificilmente pode ir. Ama sem reservas e doa-se sem preconceitos. Não se esqueça dos meus conselhos... Sentirei saudades de tanto alvoroço!
Vanessa – Vanessinha é meu ídolo. Considero-a o máximo! Não só inteligente, mas racional e madura; decidida, sem, no entanto, perder a doçura; sensata, sem dispor da capacidade de sonhar; consciente de seus propósitos e plena de valores. Eu te amo dez de que você era gordinha e barrigudinha e brincava de barbie no meu quintal. É com muito orgulho que digo que você faz parte da minha história.

Exupéry (vocês sabem quem é, né? Quem sabe?), neste livro que lemos, O Pequeno Príncipe, a raposa diz ao principezinho que "Foi o tempo que dedicaste à tua rosa que fez tua rosa tão importante." Então digo que foi o tempo que dedicamos uns aos outros que nos tornam tão importantes. Temos estrelas que ninguém mais tem. Dentre milhares e milhares de alunos que todos os professores de todo o planeta têm, vocês são únicos, porque foi a mim que cativaram. E “tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”. Portanto, eu só quero reafirmar que vocês todos têm lugar cativo no meu coração, onde há um cadeado enorme que perdi a chave, logo vão ficar lá por toda a eternidade.

Mais uma vez citando Exupéry,

"Cada um que passa em nossa vida,
passa sozinho, pois cada pessoa é única
e nenhuma substitui outra.
Cada um que passa em nossa vida,
passa sozinho, mas não vai só
nem nos deixa só.
Leva um pouco de nós mesmos,
deixa um pouco de si mesmo.
Há os que levam muito,
mas há os que não levam nada.
Essa é a maior responsabilidade de nossa vida,
e a prova de que duas almas
não se encontram ao acaso. “•”.

Obrigada por terem me cativado.

Sejam felizes!

Ah, quando nós vamos ao cinema?

AS AVENTURAS DE ANA Z NO POÇO DESCONHECIDO


 

(A atividade consistia em criar uma continuidade para o fragmento do Livro "Ana Z, aonde vai você?" sugerido pela Apostila de Língua Portuguesa da Rede Dom Bosco)


 

... quando os pés, já acostumados com os degraus, levam um susto! De repente, tocam o chão.

Ao tocar o chão, com os pés já tão acostumados aos degraus, encontra seu colar desmanchado com todas aquelas contas caídas no chão. Sentiu um sentimento de tristeza que vinha lá do fundo do seu peito. Porém, Ana levantou e seguiu em frente. De tanto andar por aquele escuro que parecia não ter fim, avistou uma luz lá no final e continuou andando até entender por que aquela luz estava ali. Anda, anda, e anda ainda mais. Ao chegar próxima à luz, vê que lá ao fundo do poço havia um lugar completamente destruído. Tudo era como as televisões de décadas passadas, em preto e branco. Ana ficou chocada em ver como um lugar aparentemente tão belo podia estar tão destruído.

Como ela é uma menina corajosa, segue em frente. Sem nenhuma intenção acaba tropeçando em uma pedra verde como uma esmeralda. Ali mesmo, teve um pressentimento de que por trás daquela pedra poderia haver algum mistério. Apanhou-a do chão e guardou em seu bolso e se foi. Do nada, escutou uma voz que dizia para ela retornar ao lugar onde havia encontrado a pedra e deixa-la lá. Pela primeira vez em sua vida, Ana sentiu medo. Mas continuou andando. Encontrou uma árvore e parou para descansar. Assim, adormeceu.

Em seu sonho, o tal voz volta a assombrá-la. Ana desperta assustada. Ao abrir os olhos, depara com uma velhinha de aparência humilde em sua frente que a questiona:

_ O que faz aqui, menina?

Com uma pitada de medo, Ana responde:

_ Minha senhora, eu não sei o que faço aqui. Há dez minutos eu me via debruçada na beira de um poço e agora encontro-me em um lugar totalmente desconhecido e sombrio, como uma pedra no bolso e uma voz que me assombra.

_ Calma _ disse a velhinha.

Ana leva as mãos ao rosto, e chorando diz:

_ Eu só quero ir para minha casa com meu colar de contas pendurado no meu pescoço.

E debruça-se em soluços sem fim.

Ao abrir os olhos, Ana vê o seu reflexo na água do poço onde estava debruçada e diz:

_ O quê? !!

Depois de algum tempo, Ana percebe que sua aventura no poço não passou de um breve sonho, mas uma pergunta nunca foi respondida: seria, realmente, uma ilusão??

Raíssa Lima Hufnagel Baltar Terra – 7º Ano 2011

O PRECONCEITO NOSSO DE CADA DIA

Na sociedade em que vivemos, o diferente é o anormal.

Acho que alguns pensam que Deus fez somente um tipo de espécie e aquela é a espécie "perfeita". Óbvio que não!

Deus criou vários tipos de raças, cores, crenças, formas e diversificações para que possamos conviver com as diferenças. E aprender.

Que graça teria se todos fossemos iguais a você, fisicamente? Sem o olho puxadinho dos chineses, a pele escura dos africanos e os olhos azuis dos alemães? Somos diferentes, e é exatamente isso o que nos torna interessantes.

Na mesmice nada seria legal, mas infelizmente há pessoas que ainda acham que o diferente é o anormal. Na verdade, por dentro somos todos iguais, mas a sociedade em que vivemos julga a tudo e a todos. Às vezes negam amizades e empregos e etc. somente pelo fato das diferentes cores, tamanhos, crenças, e até origens. Tamanho preconceito carregado pela humanidade tem nos levado ao caos, ao pior que poderíamos imaginar: homens matando homens.

Hoje em dia é comum vermos diversos tipos de pessoas sendo discriminadas: gays, negros, ateus, evangélicos, judeus, pobres, altos, baixos, magros, gordos, e muito mais. A sociedade criou um padrão. Mas quem disse que para Deus isso existe? Deus não tem cor. E somos todos filhos d'Ele: IGUAIS.

Seja humano, raciocine, pense. Que bem isso poderá nos trazer? Não discrimine, se cada um fizer a sua parte, o mundo vair merecer uma salva de palmas.

Jogue seu preconceito no lixo! Acorda sociedade! Nunca é tarde para abrir mão de seus preconceitos e construir um mundo mais feliz. Pense nisso.


 

Beatriz Valente Vieira – 8º Ano 2011

A doce Gabrielly

Eu sou aquela que sonha acordada
esperando pelo seu grande amor...
querendo, desejando olhar em seus olhos
para não morrer de rancor...

No destino em que me encontro,
vivo a vida de esperança,
pois com fé e alegria
ainda desperto sonhos de uma doce menina

Que por acaso encontrou
no lado mais profundo da emoção
um sinal do seu amor
por fazer bater feliz seu coração.

(Gabrielly Bastos Gabri - 9º Ano - 2011)


Obrigada, Gabi, por este presente!