quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Haloween

Halloween – a maldição das nove horas
“Um relógio pode estar contando os segundos finais da sua vida. Cuidado com o ponteiro!!”

Era um sábado frio de outono, normal, tirando o fato de ser halloween. É, geralmente saio com meu amigos para festas descoladas e encho a cara. Fui convidada para umas cinqüenta festinhas mas recusei a todas. Resolvi fazer uma noite de haloween diferente. Hora de sair da rotina...
Oito e quinze da noite, eu parada em frente ao cemitério, acompanhada de uma lanterna na mão direita e um vidro de brilho labial na outra, vazio. Não hesitei em entrar. Abri o portão e corri para perto dos falecidos. Fui direto até ela: Susan Macrigth, uma psicopata que viveu na vila em 999. Peguei o mel da flor de cerejeira sobre seu túmulo e coloquei dentro do vidro de brilho labial. Pronto! Agora o que tivesse que vir, viria. E que venha Susan!
Olhei para o relógio: oito horas e cinqüenta e dois minutos. Ótimo tempo para chegar em casa. Corri até os portões de minha casa e entrei num súbito ato impulsivo para dentro dela.
Subi até o meu quarto, o silêncio preenchia toda a escuridão... Eu estava sozinha ali. O único barulho que se podia ouvir era de minha respiração, ofegante, quente... Eu sentia meus lábios secos e girava em círculos, olhando para o potinho de brilho labial sobre a mesa.
Olhei o relógio: nove horas. Pude ouvir seus passos na escada, no azul infinito da noite. Confesso que senti medo e não pude conter: a urina escorreu pelas minhas pernas molhando o carpete. Vi uma figura na escada, mas estranhei ao ouvir uma voz familiar. Quando a figura tirou o capuz molhado pelo sereno, eu o reconheci: tio Steven, o coveiro do cemitério local me dando uma bronca por ter ido sozinha ao encontro dos mortos. Mas eu não conseguia escutar o que ele dizia, eu estava buscando ar para respirar aliviada...

Beatriz Vieira e Maria Luisa Velasco - 7º Ano

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